A ação vai evitar que pacientes tenham que se deslocar da cidade para pegar insumos e ter orientações de autocuidado
A Secretaria Municipal de Saúde (Semus), por meio das subsecretarias de Atenção à Saúde e Atenção Básica deram início a pactuação para a instalação do Polo de Ostomia na cidade de Japeri. A iniciativa acontece em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde (SES) que realizou, nesta quinta-feira, (28), a primeira visita técnica no Centro Municipal de Especialidades (Cemes), em Engenheiro Pedreira, onde vai ocorrer a instalação do serviço.
A ostomia ou estomia é um procedimento cirúrgico que ocorre quando há necessidade de criar uma abertura em órgãos específicos para permitir a realização de protocolos de eliminação ou alimentação do paciente. Assim como, a descompressão do estômago e vias respiratórias. Após o procedimento o paciente precisa de atenção e cuidados em saúde. A bolsa, como é chamado o coletor, pode ser de uso temporário ou permanente.
Segundo a subsecretária de Atenção à Saúde, Tatiana Soares, o polo tem uma importância diretamente ligada à manutenção da vida e da qualidade de vida do usuário. “Com o serviço aqui na cidade vamos poder dar a esse paciente um suporte maior não só com os insumos que estarão mais perto, mas com uma equipe capacitada para lidar com as questões médicas, psicológicas e de apoio a família”, disse a gestora.
“Todo esse trabalho está alinhado com nossa política de atendimento humanizado, que passa por procedimentos em saúde que a maioria da população desconhece, mas atuamos para atender a todos”, completou direcionando a equipe da SES para o local destinado a instalação do polo.
Para o representante da Secretaria Estadual de Saúde, Marcelo Nápole, pela localização da cidade é possível que o polo de Japeri seja base também para os municípios de Paracambi, Seropédica e Queimados que, no momento, não possuem o serviço. “Consideramos a organização da rede, localização e regionalidade para a oferta de um serviço de assistência integral ao usuário, e Japeri responde a esses quesitos. Com o serviço na cidade, esse paciente terá ao seu alcance os insumos, as orientações de autocuidado, acolhimento e a eliminação de transtornos por longos deslocamentos. Tudo isso vai refletir na qualidade de vida do usuário e da família”, relatou Nápole que veio com a assessora, Regiluce de Oliveira.
O setor de Educação Permanente será o responsável por criar os fluxos de atendimento junto com a Atenção Básica, que é a porta de entrada do paciente, e a Atenção à Saúde que faz a gestão dos serviços especializados. “É um desafio para a maioria das pessoas viver com essa especificidade, mas estamos aqui para realizar as articulações, criar fluxos com agilidade e qualidade, capacitando as equipes para suprir a demanda de assistência e educação para o autocuidado”, relatou a enfermeira Deusineth de Oliveira.
Menos transtorno para o paciente e acolhimento da família
Atualmente, a cidade de Japeri possui cerca de 50 pessoas com estomia do sistema respiratório, digestório (alimentação ou eliminação intestinal) e urinário. O tratamento é voltado para o cuidado e a reabilitação, considerando os diferentes aspectos da vida do usuário.
A oferta do serviço na cidade, e estando mais perto de outros municípios da Baixada Fluminense, vai diminuir os transtornos para o paciente, que hoje busca os insumos no Policlínica Piquet Carneiro, vinculada à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), no bairro de São Francisco Xavier, zona Norte do Rio.
“Além de evitar os transtornos de deslocamentos, vamos trabalhar também a questão do acolhimento dos usuários e da família. Um espaço de convivência, aprendizado e troca de experiências”, informou a subsecretária de Atenção Básica, Helen Santos.
Fotos: PMJ