Durante a capacitação, os educadores tiveram a oportunidade de aprender sobre técnicas e estratégias de ensino que visam atender às necessidades individuais de cada aluno, promovendo a igualdade de oportunidades e o respeito ao próximo
Professores, coordenadores pedagógicos e gestores da Rede Municipal de Ensino participaram, nesta terça-feira, 22, da formação com o tema ‘Os desafios e possibilidades da inclusão no cotidiano escolar: Direitos Humanos e Acessibilidade por uma Pedagogia Descapacitista.’
O evento foi promovido pela Prefeitura de Japeri, por meio da Secretaria Municipal de Educação, aconteceu no auditório da Escola Municipal João XXIII, e teve como objetivo dar ferramentas para que os profissionais possam lidar, de forma mais adequada, com alunos com deficiência, garantindo a sua plena inclusão e participação no ambiente escolar.
Durante a capacitação, os professores tiveram a oportunidade de aprender sobre técnicas e estratégias de ensino que visam atender às necessidades individuais de cada aluno, promovendo a igualdade de oportunidade e diminuindo o capacitismo. Além disso, foram abordadas questões relacionadas à acessibilidade física e pedagógica, visando a melhorar a infraestrutura da escola e promover um ambiente mais inclusivo para todos os alunos.
Aline Alvernaz, Doutora em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares (PPGEduc) – UFRRJ, conduziu a palestra sobre educação especial e a evolução do Modelo Médico, Modelo Social para Biopsicossocial, sobre a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). Ela relatou a importância do curso para os professores.
“Os cursos de formação de professores são fundamentais para a gente poder construir um processo de educação de qualidade, principalmente na perspectiva da educação especial, numa demanda de inclusão. Poder juntar professores, conversar e estudar sobre isso é dar mais um passo na construção da educação inclusiva. Por isso acho muito legal essa iniciativa da rede de pensar nesse processo formativo”, disse Aline.
A palestrante ainda salientou que a história da educação especial passou por momentos de negação e exclusões, mas com o apoio das legislações, houve avanço em ter o aluno na escola. “O aluno não tinha o direito de estar no ambiente escolar. Hoje, às unidades escolares têm rampa e diversas outras acessibilidades, rompendo as barreiras arquitetônicas e atitudinais, garantindo a estrutura necessária para aumentar o descapacitismo”, concluiu Aline.
Estiveram presentes, compondo a mesa, Gisele Carla, Diretora de Ensino da Secretaria Municipal de Educação, Abigail Alexandre, Chefe do Setor de Educação Especial e Alessandra Russo, Coordenadora Pedagógica.
“A formação é importante em todo momento na vida dos professores, e serve para conhecimento e aprendizagem. Como não é possível tirar todos os professores da sala de aula no mesmo momento, decidimos trazer dois educadores de cada escola para que sejam multiplicadores do conhecimento dentro da escola, através do nosso centro de estudos, que é um dia voltado justamente para a reflexão e prática de tudo que foi aprendido”, salientou Alessandra.
A formação foi bem recebida pelos professores, que demonstraram interesse e empenho em aplicar os conhecimentos adquiridos em suas práticas pedagógicas, de forma que contribua para a construção de uma escola mais inclusiva e acolhedora.
A Orientadora Pedagógica, Vandrea Ribeiro Santos, da Escola Municipal Duque de Caxias, afirmou que a formação é importante para a transformação do ser humano, mesmo como educador.
“Não existe a transformação do outro se nós não nos transformarmos. Então, é nesse momento que a gente tem que aproveitar o saber do outro, porque fortalece o nosso saber dentro da escola”, afirmou Vandrea.
Já o professor de português e inglês, Alexandre Francisco Elias, do Setor Pedagógico da Secretaria Municipal de Educação, elogiou a elaboração do curso, pois os profissionais ainda possuem dúvidas em relação à educação inclusiva.
“É muito gratificante poder participar dessa formação e roda de conversa, porque ainda temos dificuldade de preparar atividades, intervir em determinadas situações, e queremos aprender sobre capacitismo e discriminação”, concluiu Alexandre.
