O objetivo do encontro é a melhoria dos protocolos de atendimento a gestantes, puérperas e recém nascidos
A Secretaria Municipal de Saúde (Semus), por meio do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher, Criança e Adolescente (PAISMCA), realizou na última terça-feira, (16), mais uma reunião do Comitê Municipal de Mortalidade. O encontro que aconteceu no auditório do Centro de Especialidades (Cemes), em Engenheiro Pedreira, contou com a participação de profissionais da área técnica Estadual de Mortalidade Materna e realizou o estudo de casos.
A subsecretária de Atenção Básica, Helen Santos, destacou os cuidados do atendimento às gestantes e a importância do pré-natal e do acompanhamento da mamãe/bebê através da puericultura. “Essa reunião acontece num momento importante em que estamos revisando protocolos e buscando aperfeiçoar nosso atendimento às gestantes e puérperas. Essa troca de experiências certamente será uma contribuição singular na condução do nosso trabalho, um norteador”, disse a gestora.
As técnicas da área de Mortalidade Materna do Governo do Estado, Mônica dos Santos Silva e Márcia Villela Bitencourt, realizaram a apresentação de casos de morte tardia e morte infantil e deram suporte aos membros do comitê municipal. “Todo parto é uma jornada única. O apoio deve ser dado antes, durante e após o parto”, relatou Márcia, que é enfermeira obstétrica.
Para a coordenadora do Paismca, Ruth Valentim, as reuniões fazem com que cada profissional reforce nas equipes de saúde que a atenção a esse público precisa ser diferenciada. “Há pessoas que por baixas condições socioeconômicas ou vulnerabilidades fazem parte dos grupos de risco para mortalidade infantil, mas precisamos estar atentos a todas as gestantes, evitando as surpresas desagradáveis e irreparáveis, e celebrando a vida” destacou.
Na reunião representantes dos segmentos médico, de enfermagem, do Programa de Vigilância de Violências e Acidentes (Viva Japeri) e da garantia de direitos, Conselho da Mulher e Conselho Tutelar.
Mortalidade materna, causas diretas e indiretas
Na mortalidade materna, existem causas diretas e indiretas. O Brasil tem historicamente, como as principais causas de morte materna direta, a hipertensão, hemorragias, infecções pós-parto e complicações de abortamentos inseguros.
Já nas causas indiretas as doenças infecciosas, como Covid-19 e gripe, que desde a pandemia, lideraram o ranking de mortalidade por causarem comprometimento pulmonar, e ainda cardiopatias, HIV e outras doenças do aparelho respiratório, além de doenças cardiovasculares.
Fotos: PMJ