3º Encontro de Redes em Japeri, apresenta as atualizações da Lei Maria da Penha

O evento contou com a presença da Defensoria Pública, da Secretaria de Estado da Mulher e de representantes da sociedade civil e de entidades da Baixada Fluminense

Nesta quarta-feira, (23), o Centro de Referência da Mulher Alvanira de Souza, órgão da Prefeitura de Japeri, vinculado à Secretaria de Assistência Social e Trabalho (Semast), realizou o 3º Encontro de Representações de Rede. O evento, que debateu as atualizações da Lei Maria da Penha, contou com a presença de representantes da Defensoria Pública, da Secretaria de Estado da Mulher (SEM-RJ), de membros da sociedade civil e de entidades da Baixada Fluminense,  aconteceu no auditório da secretaria, em Engenheiro Pedreira.

Segundo a secretária municipal de Assistência Social, Ana Paula Alves, que fez parte da mesa de abertura, o fortalecimento da rede interna e externa de proteção à mulher passa, principalmente, por profissionais que saibam entender, acolher e direcionar as mulheres vítimas. “Precisamos fortalecer as políticas públicas, divulgar a lei e sermos portas abertas para o acolhimento dessas mulheres”, disse a secretária que logo depois compartilhou uma experiência familiar sobre feminicídio. “Hoje, temos três crianças na nossa família que não são mais criadas pela mãe, infelizmente, essa será a memória de infância que elas terão”, completou.

Aline Inglez, Superintendente de Articulação Institucional e Políticas Transversais da SEM-RJ

A superintendente de Articulação Institucional e Políticas Transversais da SEM-RJ, Aline Inglez, representou a secretária estadual, Heloísa Aguiar, e reforçou o compromisso da gestão estadual com o apoio contínuo às mulheres. “Esse é um momento de reflexão sobre a temática. Como é bom participar dessa troca de boas práticas e ver a união dos municípios da Baixada Fluminense”, disse destacando a importância do trabalho realizado pelas equipes no atendimento direto.

A coordenadora do Centro de Referência da Mulher, Regiane Ribeiro, destacou os 2443 atendimentos realizados pelos equipamentos de política de assistência às mulheres vítimas da cidade. E que ao realizarem o encontro de rede, estão cumprindo os artigos da lei Maria da Penha que tratam de ações integrativas. “A rede de enfrentamento salva vidas! Hoje comemoramos, não termos casos de feminicídio, efeito dessa garantia de direitos da rede”, disse.

O evento trouxe ainda, a defensora pública, Márcia Fernandes, do Núcleo Especial de Defesa dos Direitos da Mulher (Nudem), que desmistificou a Lei Maria da Penha e os trâmites e prazos do judiciário. “Precisamos lutar pela grandeza do nosso serviço, porque quando a gente se apresenta forte a mulher percebe que pode confiar nos equipamentos públicos. Esse encontro é essencial para o fortalecimento do trabalho”, disse.

Para a advogada do CRAM, Vanusa da Silva, a dúvida estava nos prazos para o agendamento do atendimento da defensoria. “Insista! Crie intimidade com os equipamentos. Mulher vítima é prioridade, mas precisamos buscar esse espaço”, completou a defensora.

Débora Leal, assistente social da Semast foi a mestre de cerimônias do evento

Para a assistente social, Débora Leal, que foi a mestre de cerimônias do evento e representou o núcleo LGBTI+ Baixada II, quando Japeri sedia mais um ‘Encontro de Representações de Rede e Conscientização Pelo Fim da Violência’, na temática da Lei Maria da Penha, demonstra não só a preocupação, mas a efetiva promoção de políticas públicas de atenção às mulheres.

“Promover espaços de debate, troca e crescimento, através da Secretaria de Assistência e seus equipamentos, é além de uma conquista um compromisso. Sabemos que a violência doméstica e familiar contra as mulheres se apresenta sob diversas formas e intensidades e que é recorrente e presente no mundo todo, por isso é extremamente importante o fortalecimento dessa rede”, disse.

Já para Carla Alves, responsável pela Sala Lilás do Hospital Municipal de Japeri, o encontro foi um importante momento de aprendizado e troca. “Estamos na saúde, recebemos as vítimas no momento mais frágil e realizamos o atendimento humanizado. Acionamos os demais órgãos para atuação, mas precisamos dessas trocas e atualizações  para ofertar o melhor acolhimento e serviço”, finaliza.

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